sábado, 10 de novembro de 2007

Adeus, Norman Mailer


Li na internet a notícia do falecimento de Norman Mailer, hoje, aos 84 anos.
Grande escritor e intelectual norte-americano, autor de livros fantásticos como "Os nus e os mortos", "Os degraus do Pentágono", "A canção do carrasco", entre mais de 40 romances ( entre esses, "A luta", um romance reportagem sobre a disputa entre Muhammad Ali e George Foreman, considerada a mais espetacular luta de boxe de todos os tempos, um romance erótico passado no Egito à época dos faraós, "Noites antigas", em nada semelhante a essa profusão de romances pseudo-históricos que proliferam hoje em dia, e de um "Evangelho segundo o filho" , narrado pelo próprio Jesus - o Saramago teve idéia semelhante, escrevendo O Evangelho segundo Jesus Cristo, mas com estilo totalmente diferente).
Polêmico, brigão, combativo, vaidoso, veterano da 2a guerra mundial, beberrão, mulherengo, meio fanfarrão, um autor ianque da estirpe de Ernest Hemingway, se bem que, literariamente falando, seu jeito de escrever diferisse diametralmente do estilo classudo e seco "hemingwayniano".
Já citado aqui neste blog, com um texto em que fala sobre a escritura de roteiros. Mailer entendia do riscado, alguns romances seus foram filmados, ele atuou em Ragtime de Milos Forman, colaborou no roteiro de Era Uma Vez na América, de Sergio Leone e dirigiu alguns filmes, inclusive o longa, Machões não dançam, adaptação de uma boa novela policial de sua autoria.
Crítico ferrenho da politica imperialista e militarista norte-americana, vai deixar uma lacuna na inteligência americana.
Enquanto isso, Bush engasga no pretzel, atola no Iraque, mas continua firme e forte.

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