segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Gil (1)


Leio alhures, na internet:

"(...) Na SPFW, a mais importante semana de moda do País, Gilberto Gil fez uma palestra/coletiva sobre a moda e a economia da cultura. Comparou a indústria brasileira da moda à Amazônia e seu "potencial não completamente realizado".(...)

Perto de terminar a sessão de perguntas, uma repórter pediu ao ministro para definir a moda. Gil ponderou: "Não defino, a moda é plural". Para ilustrar, recordou sua roupa na passagem de som, três dias antes, no Festival de Verão de Salvador.
- Fui para o ensaio com uma calça muito usada pelos meninos do Ilê Aiyê, na Bahia. É a calça do dia de minha iniciação no Opô Afonjá (terreiro de Candomblé em Salvador). Me sinto bem com ela, e tenho outras duas. Minha moda é assim: da calça do Ilê a esse terno Prada aqui...
A bancada dos jornalistas abandonou a sobriedade e se entusiasmou ao ouvir a palavra "Prada". Gritos e aplausos. "Uh-hu, uh-hu!". Gil voltou ao microfone:
- Ah, é? Vocês só gritam "uh-hu" quando eu falo no terno Prada? Não vi a mesma reação com a minha calça. Essa é uma mentalidade colonizada que precisamos superar. Prada não é mais elegante que um turbante do Ilê Aiyê!" (...)

É por essas e outras que eu admiro sinceramente o ministro da cultura Gilberto Gil.
Não à toa um dos mais atuantes do governo Lula.

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