segunda-feira, 2 de julho de 2007

Li hoje no caderno Infoetc, do jornal O Globo:

"Os profetas do apocalipse dizem que a capacidade da internet é finita e que estaríamos chegando ao ponto de saturação, ainda mais depois do advento do YouTube, que gera uma avalanche de dados. No ano 2000, falava-se em tsunami de informação. Hoje, este tsunami está trafegando pela internet - diz Hermann ( Hermann Pais, diretor de inovação da EMC ). - Os mesmos profetas prevêem um blecaute da internet devido à era do vídeo e a tecnologias como o Voip. Não podemos dizer se eles estão certos, mas é fato que não sabemos viver sem internet. Um black-out poderia nos levar de volta ao Século XX".

O que me chamou a atenção nessa entrevista é a referência ao "século xx" como imagem do "pior mundo possível" pós-hecatombe. Os apocalípticos de antanho ( talvez do século XX ) faziam referência à "barbárie", à "idade média" ou aos "tempos das cavernas" quando queriam apontar o fim dos tempos. Os tempos mudaram, e com eles o espantalho usado para nos atemorizar. Ninguém mais teme o Juízo Final, ou o retorno à "idade das trevas". A destruição do mundo por uma improvável guerra mundial, nuclear e devastadora, que foi a grande paranóia da humanidade durante décadas, hoje não rende nem argumento pra filme trash.
Quanto à barbárie, quem vive no Rio de Janeiro e aventura-se no dia-a-dia da cidade, está mais do que acostumado.
O que neguinho tem medo mesmo, quase pavor, é ficar sem internet.
Eu, inclusive.
Clarisse comenta, sarcástica, que no século XX não havia blogs e eu não teria como perder meu precioso tempo escrevendo essas bobices. Ela está certa.

Nenhum comentário: